13/05/2015

Hello sweets



Oioi, como vão? Poxa eu nem lembrava mais do blog, que horror!! Bom estou aqui para dizer adeus, e não é um adeus daqueles que eu falava antes, dessa vez é verdadeiro, eu não vou voltar para o blog, nunca mais, bla bla bla. Certamente eu percebi que eu não consigo escrever oneshots e pa, eu so leio fanfic gay agorakkkkkkk e prefiro so ler a escrever, passei muitas coisas aqui uh? Nem sei se vocês ainda lembram de mim, acho que vai fazer um ano que eu não posto no blog, bom agora eu me dediquei pra fazer icons, eu sou muito boa no que faço, meu tumblr é o melhor da oned xoxo, bom com esse bagulho do zayn ter saido da banda, mas eu superei e to 100% nem ai pra esse babaca, mas enfim, eu so to aqui para dizer adeus definitivo, sem mimi e bla bla bla. Obrigada por tudo, eu amo todos vocês ^~^.....

24/01/2015

O Juramento, A História


Londres,  Inglaterra
Dois meses atrás.


O Juramento - Capítulo Final

Despertei.


Estava no quarto. Me trouxeram para cá. Varri o cômodo com os olhos, procurando alguém. Estava sozinha. Mas agora percebia qualquer detalhe. Desde a migalha entre os pelos do tapete, o floco de neve que pairava do lado de fora da janela, o pingo de aguá que escorria da taça, até uma palavra do livro sobre a escrivaninha. Tudo tinha se ampliado. Conseguia ouvir vozes que estavam a metros de distância. Sentei na cama. Nada de dor. Estava bem. Muito bem. Me sentia forte e revigorada. Passei a língua nos lábios, estavam secos. Tinha uma garrafa com aguá na escrivaninha. Fui até lá e peguei a taça, que se estourou quando a envolvi com a mão. Tinha que aprender a controlar minha força. Não era mais a menina vazia e insegura. Agora, me sentia poderosa e confiante. Nada me atingiria. 
Peguei outra, desta vez com mais cuidado, e enchi de aguá. Bebi tudo. Mas não era disso que eu precisava. Continuava com sede. Muita sede. Isso estava me enfraquecendo. Ouvi passos no corredor. Mas sabia que estavam muito longe ainda. Depois de um tempo, bateram na porta. Fui até ela. Me impressionei com a velocidade que consegui alcançá-la. Apostaria no máximo um segundo. Toquei na maçaneta, e quando a soltei vi que ficou a marca dos meus dedos. Abri a porta e Harry entrou no quarto.
- Como está se sentindo ? - Perguntou, sorrindo.
- Nunca me senti tão bem. - E sorri. - Mas estou com sede. Já bebi água, mas não passou.
Ele me olhou e parecia que me intendia.
- Tenho uma coisinha para você. 
Ele saiu do quarto e quando voltou, trouxe uma mulher. Uma mulher humana. 
Me abalei. Ouvi o coração dela bater. Senti ao cheiro de sangue. Não conseguia parar de olhar para sua veia. Eu queria. Precisava desesperadamente mordê-la. Tentava me controlar. Harry segurou minha mão. Percebi que estava andando na direção dela e coma mão esticada para pegá-la. Ele me tirou do transe.
- Sente-se. - Pediu.
Eu me sentei na cama e ele conduziu a mulher para fazer o mesmo.
Ele se sentou atrás dela.
- Compele ela. - Ele disse.
- Como eu faço isso ?
- Só olhe nos olhos e tenha firmeza no que diz.
Me aproximei da mulher, e ele recuou. Olhei nos olhos dela e a compeli, mandando-a ficar em silêncio e não ter medo.
- Agora, é só me observar. - Harry disse.
Ele afastou os cabelos do pescoço dela, e a mordeu. Deixando escorrer um fio de sangue pela clavícula. O cheiro me inundou. Veio até mim como uma bomba. Estava difícil me segurar. Podia não ver, mas tinha certeza de que meus olhos estavam vermelhos. 
Harry parou e olhou para mim. Não consegui esconder um sorriso. Ele pegou minha mão e me puxou para mais perto. Mordeu de novo. Joguei os cabelos da mulher para trás e senti as presas se revelarem. Infinquei as presas na veia dela. Harry de um lado e eu do outro. O sangue era ótimo. Me dominava. Sentia tudo em mim se fortalecer e intensificar enquanto ele descia pela minha garganta. O sangue me abatia. Era como uma droga. A melhor coisa que provei na vida. Parei e peguei a mão dela, infincando minhas presas em seu pulso. Sentindo o sangue me inundar. Satisfeita, parei. Harry parou comigo, e sorrimos um para o outro. Ele chegou mais perto e limpou o sangue da minha boca. Olhou para a mulher, que estava caída no colchão.
- Cure ela.
Me aproximei da mulher. Mordi meu pulso, e deixei o sangue escorrer pela boca dela. Em instantes, ela abriu os olhos e tossiu. As feridas dela começaram a cicatrizar. Ele a compeliu a esquecer de tudo o que aconteceu e ir embora. Assim que ela saiu, ele me beijou. Um beijo selvagem e intenso. Mordi o lábio inferior dele, e sorri quando saiu um poco de sangue. Ele me deitou no colchão e passou a língua nos lábios, limpando. Sorri e o beijei novamente.
- Você foi muito bem. - Disse, beijando meu maxilar. - Nem gritou.
- Sou mais forte do que pareço.
Ele se apoiou nos cotovelos e ficou me observando.
- Sabia que é mais forte do que eu ?
- Mas você é mais velho.
Pelo que me explicara quanto mais velho o vampiro for, mais forte ele é.
- O puro sangue corre em suas veias. Sua família é composta somente por vampiros há séculos. Com isso, você se torna mais forte.
Nos girei rapidamente, ficando por cima e observando-o.
- Chegou a hora. - Ele ficou com uma expressão séria.
Eu me sentia bem. Agora, me tornara uma melhor versão de mim. Mas quando ele dissera que chegou a hora, um sentimento arrebatador me dominou. Vingança. 
- Finalmente. - Disse, sorrindo perversamente.

Saímos pela floresta, entre as árvores.

Estávamos em pelo menos cem vampiros. Entre os que tinham algo a tratar com os Renegados, os que lutavam, e alguns que Harry convocou, entre eles Alec. Todos usávamos túnicas pretas, com o capuz. Demonstrando que éramos mais poderosos, sombrios e perigosos. Cada um carregava suas armas. Eu levava duas armas com balas de madeira, uma em cada lado do cinto; duas facas, uma em cada bota; três estacas, que ficavam presas no cinto; um soco inglês na mão esquerda; um tipo de chicote prateado com três metros de comprimento, que tinha pontas de lanças em toda a sua extensão; e uma lança. 
Quando todos pisavam, um estrondo ecoava. A floresta estava quieta, como se soubesse que a guerra se aproximava. Na linha de frente estava eu, Harry e Alec.
A cada passo, minha sede de vingança aumentada. Todo choro. Toda lágrima. Toda dor. Tudo fora culpa de Matthew. Mentiras, ameaças, mortes, tudo feito por ele. Agora, chegara a hora da vingança. Faria isso por mim, Harry, e todos que ele matou.
Chegamos ao local: o centro da floresta, coberta por neve.
Eles já estavam lá, esperando por nós. Contei mais de cem vampiros. Todos ansiosos pela batalha. Só nós usávamos túnicas. Na linha de frente estavam Matthew, Mihaela e um homem que não conhecia. Mantemos um certa distância. Eu sabia que meus olhos estavam vermelhos e selvagens, como uma caçadora. Isso só acontece quando estou a ponto de derramar sangue. A túnica podia cobrir meus olhos, mas não escondia meu sorriso.
Matthew deu um passo á frente.
- Você não precisam fazer isso. - Disse em voz alta.
- Não precisamos ? - Perguntei, em tom debochado.
- Venha comigo, princesa. Ninguém se machuca, assim não precisa ter guerra.
Segurei firmemente a lança e a atirei no homem ao lado de Matthew. Atravessou a cabeça dele. 
- Agora precisa. - Disse sorrindo para Matthew.
Abri os braços, indicando para irem ao ataque. Vários vultos pretos passaram correndo por mim, indo em direção aos Renegados.
A guerra começou.
Matthew e Mihaela não partiram para o ataque.
Uma lança partiu em minha direção. Me abaixei para trás e peguei-a no ar, enquanto ela passava por cima da minha cabeça.
- Obrigada. - Disse, a quem quer que tenha jogado.
Olhei em volta, e Alec lutando com um homem. Joguei a lança, que se encravou nas costas do homem.
- Já disse que você ficou ótima de vampira ? - Perguntou Alec, brincando.
Pisquei para ele, que em seguida partiu para cima de outro homem. 
- Cansei de ficar só olhando. - Anunciei. 
Desamarrarei o laço e volta do pescoço e deixei que a túnica caísse na neve.
Tirei uma estaca do cinto e fiquei aguardando uma menina que corria em minha direção.
Quando chegou bem perto, fui para trás dela e encravei a estaca nas costas dela. Ela caiu de joelhos e empurrei-a com o pé. Dois homens correram na minha direção. Tirei as armas do cinto. Deixei três tiros em um, mas o outro conseguiu se desviar. Ele se aproximou muito. Ele se jogou na minha direção, e para evitar que me pegasse, deitei de costas na neve. Acertei um tiro em sua testa quando planava por cima de mim. Uma garota se chocou contra mim. Caímos na neve. Ela rolou até conseguir ficar por cima. Deu-me um soco na boca e colocou uma mão no meu pescoço, enquanto tentava encravar a outra no meu coração. Consegui alcançar a faca que estava na minha bota. Coloquei a mão na nuca dele e puxei seus cabelos para trás, atravessando a faca no pescoço dela. Ela caiu para trás e cravei uma estaca em seu coração. Ouvi um barulho atrás de mim. Me virei e vi um homem correndo na minha direção. Atirei em seu peito. Ele diminuiu a velocidade, mas não parou. Quando chegou perto, chutei seu rosto, fazendo-o cair a metrôs. Pulei, ficando por cima dele. Dei um soco na boca dele. Com uma mão, agarrei o pescoço dele e o apertei até quebrar. Ouvi um rugido de raiva e me virei. Um homem e uma mulher tinham conseguido segurar Alec pelo braço, e estavam prontos para matá-lo. Peguei a faca e corri os metros que nos separavam. Lancei a faca na direção da menina. Infincou na barriga dela. Quando cheguei mais perto, chutei a barriga dela, no local da faca, fazendo-a entrar mais. Ela caiu e ficou agonizando. Ouvi o homem partindo para cima de mim. Me girei rapidamente. Como uma lâmina, minha mão atravessou o pescoço dele, separando-o da cabeça, que caiu nos meus pés. Apontei com o queixo para Alec, uns vampiros que ainda estavam vivos. Ele sorriu de empolgação e saiu correndo. Olhei para Matthew e Mihaela e sorri. Matthew ficou com uma expressão furiosa e Mihaela veio em minha direção. Tirei a faca do corpo da menina que tinha desmaiado. Joguei faca na direção dela, que se desviou e continuou correndo. Caímos juntas na neve. Uma tentando ficar por cima da outra. Ela conseguiu ficar por cima, e apertou as mãos em torno do meu pescoço. Tentava soltar o braço dela, mas não conseguia. Soquei a barria dela. Ela caiu para trás. E fiquei por cima. Quando tentei agarrar seu pescoço, ela me deu um soco. Cambaleei para trás e ela tirou do meu cinto um estaca, infincando-a na minha barriga. Só não foi no coração porque consegui desviar de último momento. Caiu de costas da neve. Ela tirou a estaca e a segurou mais firmemente, pronta para acertar desta vez. Quando ela veio para cima, chutei a barriga dela com os dois pés. Ela caiu vários metros para trás, deixando cair a estaca. Levantei e fui em sua direção. Peguei-a pelos cabelos da nuca, e a levantei. Fiquei por trás. Passei um braço em volta de seu pescoço, imobilizando-a. Encravei a estaca em sua barriga. Ela gritou de dor. Deixei-a cair de costas na neve. Com uma mão, agarrei firmemente o colarinho de sua blusa, e com a outra, agarrei o passante da calça. Joguei-a para cima, alguns metros. Quando ela estava caindo de novo, chutei suas costas com o joelho. Ouvi um barulho de osso quebrando. Ela voou por vários metros de altura. Olhei em volta, e meu olhar cruzou com o de Alec. Ele assentiu, já sabendo o que queria fazer. Abaixou os ombros e fez uma concha com as mãos. Corri em sua direção. Apoiei um pé em suas mãos e o outro pisei no seu ombro, tomando impulso para cima. No ar, o corpo de Mihaela cruzou com o meu. Atravessei minha mão em suas costas. Arranquei seu coração. Cai em pé no chão. E o corpo de Mihaela aos meus pés. Joguei seu coração de lado. 
Me virei rapidamente. Matthew veio para cima de mim. Dei um passo para o lado, chutando o barriga dele. Ele caiu para trás, mas não pareceu se abalar. Voou para cima de mim. Caímos no chão. Ele me agarrou pelo pescoço e me ergueu. Já sentia meus ossos sendo esmagados. Fúria transbordava dos olhos dele. 
- Pena que você vai morrer, igual ao seu príncipe. - Cuspiu as palavras.
- Harry não está morto. - Disse, com dificuldade.
- Sim, foi morto. Morto por mim.
- Você não matou ele.
- Está vendo esse sangue, princesa - e mostrou a camisa branca ensanguentada - É dele. E vou me sujar com o seu agora. Igual me sujei com os dos seus pais.
Meus olhos se arregalaram com a revelação.
- É, princesa, eu matei seus pais na guerra dos renegados. Agora, chegou a sua vez.
Toda a raiva que vinha sentindo, transbordou de mim. Todo o ódio que sentira por ele, me dominou.
- Vamos ver.
Agarrei o cotovelo dele, e impulsionei para cima, fazendo o osso sair para fora. Ele me largou e esbravejou de dor. Me girei rapidamente, chutando-o logo abaixo do queixo. Ele voou. Caiu na neve, mas logo se levantou. Peguei uma faca que estava no chão e corri para cima dele. Ele já estava de pé e com uma espada. Ele desferiu um golpe de lado, tentando me atingir nas costelas. Me abaixei e ele cortou o ar. Segurei a faca ao contrário e desferi um corte profundo em suas duas pernas. Ele caiu de joelhos. Me afastei alguns metros. Tirei o chicote com pontas de lança do cinto. Girei uma vez e o atirei  em Matthew. O chicote se envolveu sem sua garganta. As pontas perfurando-o. Me virei de costas para ele, ficando de joelhos e segurando o cabo do chicote no alto da cabeça. Impulsionei o braço para frente. O chicote bateu na neve, trazendo a cabeça de Matthew. 
 Olhei em volta. Vencemos. Os últimos Renegado que sobraram fugiram. O resto, todos mortos. As últimas pessoas estavam terminando seus serviços. Estava cansada, suja e com medo. Medo do que Matthew dissera. Saí do centro. Recostei-me em uma árvore, tentado desacelerar meu batimento cardíaco e regular minha respiração.
Só um pensamento estava em minha cabeça: Harry.
Ele não podia estar morto. Matthew mentiu. Ele sempre mente. Mas meu coração se apertava com a ideia. Varri a floresta com os olhos. Ele não estava lá. Só os corpos mortos, em cima da neve suja de sangue.
Matthew morto. A guerra acabada. 
Ouvi passos. O farfalhar de passos na neve. Firmei minha mão no gatilho da arma, pronta para atacar. Olhei de soslaio atrás da árvore. Vi uma silhueta escura varrendo o chão com os olhos, procurando algo. Quando não atendia suas expectativas, chutava-o e xingava.
Eu reconheceria aquela silhueta em qualquer lugar. Harry. Suspirei. O alívio tomando conta de mim.
Ele congelou no lugar. Provavelmente ouviu. Ergueu a cabeça de repente. Ficou imóvel, esperando ouvir de novo.
Saí de trás da árvore, e seus olhos encontraram os meus. 
Corri freneticamente em sua direção. Pulei em seu colo e o envolvi com as pernas. Ele murmurou agradecimentos em meu ouvido e suas mãos tremiam em minhas costas. Soltei minhas pernas e olhei em seus olhos. Estavam vermelhos, indicando que tinha chorado. E tinha uma mistura de alívio e conforto.
Beijei-o desesperadamente, com intensidade. Senti quando ele estremeceu de prazer.
- Tive tanto medo. Tando medo de perder você. - Declarei, freneticamente. - Matthew me disse que tinha te matado, vi o sangue. E não te achei depois.
Ele segurou meus rosto com as duas mãos.
- Eu fiquei dando apoio á você durante todo o tempo. Matava aqueles que partiam para cima de você, enquanto estava lutando. No final, alguns Renegados foram para a fora da floresta, tive que ir atrás deles. Estavam planejando a sua morte, enquanto estava ocupada. Também lutei com Matthew. Ele me disse que tinha te matado. Não acreditei. Ele queria nos desestabilizar, para ter uma vantagem na luta. Infelizmente escapou e foi procurar você - Ele suspirou, cheio de alívio - Acabou. Estou bem aqui. - E me beijou.
Eu e Harry . Juntos. Para sempre. Agora, só um sentimento me dominava. Amor.
Ele pegou minha mão.

- Vamos. - Anunciou. Seus olhos ardendo de desejo.
Deixamos tudo para trás. Indo para onde o destino nos levasse. Não havia planos melhores que esse.
O sol aquecia nossas costas, à medida que partíamos.


22/01/2015

Adeus Chasing Dreams!


Oi!

Primeiramente, eu gostaria de dizer que Chasing Dreams acabou (o que é óbvio tendo em vista do título desse post) e eu não sei o que fazer com a minha vida agora. E isso não é brincadeira. Se querem saber, acreditem se quiser, eu comecei essa fanfic no ano de dois mil e treze e não tenho escrito nenhuma outra além dela. Imaginem como eu me apeguei a essa fanfic! Talvez seja por isso que está sendo tão difícil pra mim aceitar que ela está concluída.

Bom, como uma escritora apaixonada, eu comecei outra fanfic, porém sempre que eu penso em escrever a primeira coisa que vem na minha cabeça é o nome dos personagens de Chasing Dreams e em que parte da fanfic eu parei, até que um estalo me alerta: "Chasing Dreams acabou, querida!" e então me dá aquela vontadezinha de chorar.

Eu sei, isso é completamente patético, mas pra quem escreve, é sempre difícil aceitar que você provavelmente nunca mais vai escrever aquela fanfic. Mas, por incrível que pareça, eu comecei a escrever outra versão dessa fanfic. Uma versão melhor, porque tinha coisas que eu não consegui colocar na fanfic, embora tenha planejado bastante. Pois é, o nível de vício dessa fanfic é tão grande pra mim que eu vou reescrevê-la (risos). Mas essa não será postada.

Enfim, não vim aqui falar de como eu amo essa fanfic e sim para agradecer a cada um dos leitores dessa fanfic, até mesmo os fantasmas. Vocês NÃO tem ideia de como cada comentário me ajudou e me incentivou a continuar essa fanfic. É sério. Pra vocês, talvez seja só uma colaboração, mas pra mim é algo que me deixa extremamente feliz e grata. Acho que se vocês não se manifestassem a cada postagem dessa fanfic, eu teria desistido dela há muito tempo, acreditem. Eu não tenho palavras para descrever o quanto isso foi importante pra mim e o quanto vocês são maravilhosos e amáveis

 OBRIGADA!
Com amor e bastante choro, Bê Santana xoxo

21/01/2015

Chasing Dreams - Segunda Temporada - Capítulo Vinte (FINAL)


United Kingdom - LONDON

Narrador 

Leticia colocou a travessa de lasanha no meio da mesa, junto com vários tipos de comida que haviam sido feitas um pouco mais cedo. Sem lasanha, sem reunião. Era uma exigência de Niall Horan, então ela não teve escolha a não ser adicionar os ingredientes na lista de compras da semana. Não que não gostasse de lasanha, muito pelo contrário, mas comer isso toda santa vez que ela fosse se reunir com o pessoal não fazia parte da sua lista de melhores coisas da vida.

Suspirou assim que passou os olhos pela sala decorada de branco, lembrando do trabalho que fazer tudo aquilo exigiu, mas havia valido a pena. Estava lindo. Era dia 31 de dezembro e, como o combinado, todos iriam passar a virada de ano no apartamento dela. Depois do Jingle Bell Ball, os meninos viajaram para passar o natal com a família e agora, depois de voltar para a Inglaterra, iriam passar o ano novo com as meninas. Mas estavam atrasados.

Ela se aproximou do espelho da sala e encarou o seu reflexo, gostando do que estava vendo. Sabia que estava muito diferente da maioria da população mundial naquele momento, mas não se importava. Achava uma besteira toda essa tradição das cores. Sabia que só se vestir de amarelo não traria dinheiro, a não ser que se esforçasse para isso. Mas todo ano era um sermão que ouvia de sua mãe, sua tia Denise e Bianca, mas não se importava muito. Era mais ligada a realidade, assim como seu pai.

Suspirou mais uma vez e se sentou no sofá, descansando as costas no estofado macio que ele tinha, se permitindo fechar os olhos por alguns segundos, sentindo seu corpo relaxar como nunca antes. Acabou pegando no sono, mas foi interrompida pelo som de seu celular, que estava ao lado da TV. Sem querer muito, se levantou e o pegou, voltando a se deitar no sofá enquanto fazia o desenho de desbloqueio para ver de quem era a mensagem. Era Liam.

"Eu sei que estamos atrasados e a culpa é do Niall. Ele se empanturrou de bolinho depois do almoço e ficou meio mal, mas agora está tudo bem. Só abasteça o banheiro com bastante papel higiênico. Liam"

Depois de ler aquela mensagem, riu e torceu o nariz, sentindo certo nojo ao imaginar o estrago que seu amigo poderia fazer no seu banheiro. Espantando aquele pensamento, se levantou e foi até a dispensa, onde pegou um pacote com oito rolos de papel higiênico e colocou no banheiro logo depois. Enquanto voltava para a sala, digitava a resposta.

"Já está tudo pronto para a chegada do sr. Horan: oito rolos a mais de papel higiênico no banheiro. Muito obrigada por avisar. Já estão chegando?"

"Estamos no condomínio" foi o que recebeu como resposta. Se levantou e se dirigiu até o andar superior, onde encontrou Bianca penteando os cabelos em frente ao espelho. Leticia se jogou na cama perfeitamente arrumada da amiga, que apenas observou através do espelho. Sabia que não iria adiantar brigar com ela e fazê-la sair dali, ela nunca iria aprender. Continuou penteando seu cabelo.

Leticia: Eles já estão no condomínio. - disse sem tirar os olhos do celular, onde ainda trocava algumas mensagens com Liam. 
Bianca: Okay. - foi o que conseguiu responder.

Depois de sua apresentação no Jingle Bell Ball, não teve tempo de falar com Harry ou ao menos vê-lo, já que teve compromissos a cumprir e ele também. Hoje seria a primeira vez que iriam se ver e ela, com certeza, não estava preparada para aquilo. Se deitou ao lado de Leticia, que percebeu que a amiga não estava muito bem e resolveu deixar o celular de lado.

Bianca: Não sei se estou pronta pra falar com ele. - disse encarando o teto cheio de desenhos e fotos antigas. Era uma mania que ambas tinham.
Leticia: Eu queria poder te ajudar, falar alguma coisa pra te confortar, mas eu sou péssima nessas coisas. - disse bufando, fazendo a amiga rir um pouco.
Bianca: É, eu sei disso. - respondeu - Mas o que faria se estivesse no meu lugar? Digo, você e o Zayn.
Leticia: Eu perguntaria pra você o que você faria no meu lugar. - ambas caíram na gargalhada diante daquela resposta, ouvindo a campainha tocar.
Bianca: E lá vamos nós! - disse um tanto amargurada, se sentando na cama e passando a mão pelos cabelos. 
Leticia: Bê, relaxa, tá? Vai dar tudo certo! - disse se levantando e puxando a amiga em direção as escadas. - Abra um sorriso e o trate como sempre tratou.
Bianca: Vai ser bem difícil, mas eu vou tentar. - falou pisando no chão da sala, mas deixando que Leticia passasse a sua frente e abrisse a porta.

Leticia abriu a porta e se deparou com vários sorrisoS em sua porta, inclusive de uma pessoa que não via há muito tempo: Andy Samuels. Sem nem pensar duas vezes, pulou no colo de Andy o abraçando forte e esmagando a saudade no meio de seus corpos. Ele afagava os cabelos da amiga, com os olhos fechados e um sorriso sincero nos lábios. Leticia sentiu lágrimas brotarem em seus olhos, mas não queria chorar. Aquela maquiagem havia dado trabalho.

A verdade é que Andy estava internado numa clínica de reabilitação desde quando percebeu que as drogas estavam acabando de vez com sua vida. Foi por conta própria. Pediu para que não o visitassem, pois queria repensar a sua vida sem ter que ouvir outras pessoas falando o que deveria ou não fazer. E deu certo. Já fazia alguns dias que ele havia saído e se sentia completamente recuperado.

Leticia: Meu Deus, eu senti tanto a sua falta. - disse durante o abraço, sorrindo largamente.
Andy: Imagina o que eu não senti? Foram meses longe de vocês. - disse, se afastando da amiga sem tirar o sorriso do rosto.
Leticia: Estou muito orgulhosa de você, Andy!
Andy: E eu de você! - respondeu - Eu soube o que aconteceu, mas vejo que você está muito bem.
Leticia: Me sinto outra pessoa! - disse sorrindo. - Vem, vamos entrar.

Do lado de dentro, Bianca tinha seus olhos arregalados para o que estava diante deles. Niall e Jessica, abraçados, com um sorriso largo nos lábios. Ela começou a gargalhar, fazendo com que ambos se encarassem tentando buscar uma resposta para aquele ataque de risos. O que era tão engraçado? 

Bianca: Eu sabia! - disse quase gritando - Eu sabia! Esse idiota se entregou quando me mostrou as fotos que você tirou no aniversário do Andy! - Jessica ria, enquanto Niall tinha suas bochechas coradas. - Mas não entendi porque esconderam por tanto tempo.
Jessica: No começo eu tinha medo da mídia, então ficamos nos encontrando escondidos por um tempo. - disse e Bianca assentiu, concordando.
Niall: Mas agora está tudo bem, nenhum dos dois se importa mais com isso. - disse e Bianca sorriu, com certa malícia.
Bianca: De sonso só a cara, né, Horan?! - brincou os fazendo rir - Bom, eu trouxe minha câmera e quero tirar uma foto de vocês. - disse se afastando um pouco e posicionando a câmera na direção do casal.
Niall: Assim tá bom? - perguntou fazendo uma careta e formando um "v" com os dedos. Bianca riu e bateu a foto.
Bianca: Ficou ótimo! - respondeu sorrindo e mostrando para eles como tinha ficado. - Agora vou dar uma voltinha e deixar o casal se se agarrar em paz. 

Na varanda, Leticia tinha toda a visão da London Eye e estava encantada como depois de tanto tempo morando na Inglaterra, não conseguia se cansar de ficar observando-a. A noite ela era ainda mais bonita e fascinante quanto de dia. Suas luzes pareciam iluminar toda a cidade e as cores davam um ar mais leve aquela noite. 

Gostava da certa nostalgia que sentia quando olhava para todas aquelas luzes. A fazia pensar em quando chegou aqui e o que sentiu naquele momento. Um pequeno sorriso se abriu em seus lábios, mas se alargou ainda mais quando sentiu um perfume bem conhecido, o que a fez virar-se e encontrar os olhos de Zayn sobre ela.

Zayn: O que está fazendo aqui sozinha? - perguntou pousando suas mãos na cintura da garota, que sorriu acariciando seus braços.
Leticia: Estava me lembrando de quando cheguei aqui e do quanto tudo mudou desde aquele dia. - falou, sentindo um pequeno frio na barriga.
Zayn: Também me lembro quando cheguei aqui. - disse agora com os olhos presos na cidade a sua frente. Leticia virou-se de costas pra ele e também voltou a encarar a cidade, agora sentindo o corpo dele abraçar suas costas.
Leticia: E como foi? - perguntou, interessada.
Zayn: Eu estava completamente deslumbrado com tudo isso aqui, ainda mais porque eu faria minha primeira audição para o The X Factor. - respondeu, sentindo o mesmo frio na barriga que Leticia sentira segundos antes - E então eu nunca mais saí daqui. - disse com uma voz um pouco mais baixa.
Leticia: Eu sinto falta de casa, mas estar aqui é um sonho quase impossível que eu consegui realizar. - disse, sentindo dessa vez um pequeno aperto no coração.
Zayn: Você acha que conseguiria voltar a morar no Brasil? - perguntou depositando um pequeno beijo no topo da cabeça dela.
Leticia: Não sei. - respondeu - Eu morro de orgulho de ser brasileira e amo aquele lugar, mas acho que meu lugar não é lá. - disse voltando a ficar de frente pra ele, encarando seus olhos castanhos. 
Zayn: É claro que não! - respondeu, fazendo-a juntar as sobrancelhas, curiosa sobre aquela resposta - Eu moro aqui na Inglaterra, seu lugar é aqui!
Leticia: E quem disse que o motivo é você, Zayn Malik? - perguntou vendo-o sorrir ao ouvir seu sobrenome na voz dela.
Zayn: E o que mais seria? - perguntou debochado, fazendo-a rir.
Leticia: Você não tem vergonha nessa sua cara, né?! - brincou rindo, sentindo as mãos dele apertarem sua cintura.
Zayn: Não, só beleza mesmo.

Leticia começou a gargalhar diante daquela resposta, enquanto Zayn fazia o mesmo, sentindo seu coração bater mais forte naquele momento. Era assim sempre que a via ou quando a tinha por perto. Seus pelos se eriçavam, seu coração parecia querer sair do seu peito e seus olhos não conseguiam enxergar outra coisa a não ser ela. Estava apaixonado ou mais do que isso. E não tinha vergonha alguma de demonstrar isso. 

Se sentindo um tanto desconfortável, Harry se dirigiu a varanda, segurando um copo vermelho com uma bebida qualquer. Mas percebeu que alguém teve a mesma ideia. Leticia e Zayn estavam abraçados lá, mas quando perceberam a presença de Harry ali, se assustaram um pouco. Ele não parecia nada bem.

Harry: Desculpe interromper, estou saindo...
Leticia: Não, Harry, tudo bem, pode ficar. - disse sorrindo gentilmente para seu amigo, que assentiu e caminhou até eles, um tanto cabisbaixo. 
Zayn: Te ver assim me deixa mal, sabia?! - disse sincero, recebendo um olhar sem brilho do amigo. Ele suspirou.
Harry: Desculpe, tem sido difícil pra mim. - respondeu, bebericando de seu copo se sentindo sua cabeça girar um pouco.
Leticia: Porque não vai falar com ela?
Harry: Eu não sei, não... - disse inseguro.
Zayn: Ah, qual é, Harry?! - exclamou - Você mais do que ninguém sabe que os dois estão sofrendo com tudo isso. Acha mesmo que se você quisesse consertar as coisas entre vocês ela iria recusar? Esquece o que aconteceu, dá uma chance pra ela. - depois do que Zayn disse, Harry se viu submerso em lembranças, as quais ele não queria sair nunca mais se pudesse. Mas a voz de Leticia o fez voltar para a realidade.
Leticia: Harry, está tudo bem?
Harry: Eu vou beber mais um pouco. - foi o que respondeu, antes de entrar em casa novamente e ir em direção a mesa onde estava o que ele queria.

Não muito longe de Harry, enquanto conversava com seus amigos, Bianca ouviu a campainha tocar e sem demora foi atender, pois sabia que provavelmente era a única que a ouviu. Quando abriu a porta, teve uma surpresa muito grande. Annelise e Justin. Juntos. De mãos dadas. Ela arregalou seus olhos e se perguntou o que havia acontecido durante o tempo que ficou fora. 

Bianca: Vocês estão mesmo juntos ou é uma pegadinha da minha miopia? - ela perguntou os fazendo gargalhar. 
Annelise: Parece que o universo finalmente resolveu conspirar ao meu favor! - disse sorridente e apaixonada.
Bianca: Mas Lise, logo o Justin? - perguntou sussurrando com um tom divertido na voz, recebendo um olhar de falsa indignação. Lise ria.
Justin: Bianca, porque você não admite logo que me ama ao invés de ficar disfarçando com insultos? 
Bianca: Pelo simples fato de eu não sentir nada além de repúdio por você, loirinho. - respondeu e foi indo abraçá-lo, ouvindo sua risada. - Eu senti muito a sua falta, idiota.
Justin: E depois diz que não me ama.
Annelise: E eu, não recebo abraço? - perguntou fazendo um biquinho falso, fazendo Bianca rir e ir abraçar a amiga.
Bianca: Claro que sim, e dos melhores!

Eles entraram em casa, sendo recebidos com gritos e palmas dos amigos, provavelmente caçoando do novo casal no recinto. Apesar de ser estranho, era algo bem comum entre eles. Sempre que pegavam um casal no flagra era isso o que acontecia. Era engraçado de se ver.

Bianca: Não posso deixar de tirar uma foto de vocês antes que sumam por aí e fiquem bêbados. - pediu, fazendo-os rir.
Justin: Estou acostumado com fãs pedindo fotos. - ele debochou, fazendo Bê abrir a boca incrédula. Ele gargalhava.
Bianca: Melhor murchar esse seu ego, Bieber. Estou armada e não tenho medo de você! - disse apontando para a câmera, o fazendo rir mais.
Annelise: Qual é a de vocês, hein? Vivem se xingando!
Bianca: É tudo amor reprimido, Lise, já me acostumei. - disse rindo - Podemos tirar a foto de uma vez? - questionou e o casal a sua frente se posicionou, prontos para serem clicados. Num segundo, Bê já havia batido a foto. - Vocês são completamente ridículos! - exclamou vendo a foto ao lado dos amigos.
Annelise: Ah, para! - exclamou rindo - Eu sei que você amou a foto.
Bianca: É, você tem razão. - ela disse, derrotada - Espero que fiquem juntos pra sempre e tenham lindos filhos, daqueles que parecem anjinhos e...
Justin: Não, pelo amor de Deus, agora não Bê! - a interrompeu, fazendo Lise rir e Bianca se calar rapidamente. 
Annelise: Menos, vamos com calma! - disse e Bianca fez uma careta.
Bianca: Desculpa, é que eu me empolguei.

Leticia e Zayn deixaram a varanda, seguindo caminhos diferentes. Enquanto Zayn ia em direção a Niall e Justin, Leticia abraçava Liam de lado, sentindo o peso do braço dele em seus ombros. Louis e Liam estavam juntos conversando desde que chegaram no apartamento e para matar a saudade de falar e ouvir besteiras, ela se juntou a eles. Era sempre engraçado. Louis percebeu o sorriso enorme que ela carregava nos lábios, o que resultou no seu também.

Louis: Pelo visto Zayn Malik tem te feito muito bem, não? - ela riu diante daquela afirmação. Não tinha como negar.  
Leticia: Vocês não sabem como! - disse ainda sorrindo.
Liam: Não me lembro de vê-la tão feliz como você tem demonstrado ultimamente. - disse sorrindo.
Louis: Ah, o que o amor não faz, não é?!
Liam: Louis falando de amor? Tem alguma coisa errada. - falou, fazendo o amigo revirar os olhos e a outra rir.
Louis: Eu também tenho sentimentos, Leeyum. - respondeu - O que acham que eu sou? Uma pedra?
Liam: Não me chame de Leeyum.
Leticia: Mas é um apelido tão lindinho! - exclamou fazendo Liam a encarar com os olhos cerrados, enquanto Louis ria. 
Liam: Tá rindo do que, Boo Bear? - no mesmo instante, Louis fechou a cara e Liam caiu na gargalhada.
Leticia: Boo Bear? - perguntou rindo - Vou te chamar assim agora, Lou!
Louis: Olha aqui Leticia, você não se atreva! - disse apontando o dedo fingindo estar indignado, quando na verdade estava prendendo o riso.
Leticia: Ah, qual é?! - exclamou - É um apelido tão bonito! Leeyum também!
Liam: Faz o seguinte, esquece que você ouviu esses nomes, tá? Finge que esta conversa nem aconteceu!

No mesmo instante em que o celular de ambos apitou, Leticia colocou o dela no bolso prendendo o riso. Sabia que os dois iriam enlouquecer quando vissem o que ela havia feito. Apesar de tudo, sabia que seria engraçado ver a reação deles e por isso estava prendendo o riso. Não queria dar indícios.

"@lecadassi: It's so good to have Leeyum and Boo Bear with me in the new year's eve! @Real_Liam_Payne @Louis_Tomlinson"

Louis: Você acabou com a minha vida, muito obrigado! - exclamou irônico, a fazendo rir. Liam apenas guardou o celular de volta no bolso.
Leticia: Ué, pensei que você iria ficar bravo, Liam. - disse e Liam negou.
Liam: Já estou perdido de qualquer forma. - respondeu - Algumas fãs acabaram descobrindo este apelido e me chamam assim desde então. Agora é sua vez, Louis! - disse começando a gargalhar, enquanto Louis revirava os olhos pela milésima vez naquela noite. Ele vivia fazendo isso.

Bianca olhava cada uma das fotos que ela havia tirado naquela noite, sentindo um certo orgulho por conseguir ao menos tirar fotos legais. Já havia cogitado muitas vezes trabalhar com fotografia, mas moda com certeza era sua paixão absoluta, depois de música, é claro. 

Assim que saiu da galeria de fotos, viu pela lente da câmera que havia alguém na sua frente, pois estava focado num par de botas que ela conhecia muito bem. Hesitante, ela levou seus olhos até chegar ao rosto de alguém que ela não estava preparada para ver. Harry a encarava com um pequeno sorriso nos lábios, o que a fez se arrepiar de cima a baixo. 

Naquele momento, ela desejou se jogar da sacada e fugir para um lugar onde ele não conhecesse. E ela não era a única que estava nervosa e constrangida. Ele sabia muito bem que o tempo que passaram longe um do outro foram ruins e agora, em pleno ano novo, queria começar tudo de novo. Ele estava disposto.

Harry: Você tirou foto de todo mundo, menos de mim. - o estômago de Bianca gelou no mesmo instante, mas não quis demonstrar. Ela levantou sua câmera e o rosto dele entrou em foco. Ela tirou a foto
Bianca: Pronto, agora não falta mais ninguém. - ela disse dando as costas e pronta pra sair dali, mas a mão grande dele em seu braço a impediu. 
Harry: Eu estou aqui pra conversar e não saio daqui até conseguir o que eu quero. - a disse fazendo se virar de frente pra ele. 
Bianca: E o que você quer, afinal? - ela perguntou livrando seu braço de sua mão, o fazendo juntar as sobrancelhas.
Harry: Porque você está nervosa comigo? - ele perguntou e ela cerrou os olhos.
Bianca: Você está mesmo me fazendo essa pergunta? - ele a encarou curioso - Você estragou a minha vida, Harry Styles! Eu nunca pensei que eu fosse me apaixonar por um idiota como você e olha só no que deu. Se eu pudesse, eu com certeza...

E naquele momento, ele fez o que sempre fazia quando ela falava sem parar: a beijou. A beijou sem medo algum e sabia que ela iria retribuir. Não poderiam negar que aquele beijo os fez matar a saudade que sentiam um do outro e uniu novamente o que sentiam. Ela se afastou dele sem mais aquele semblante de grosseria em seu rosto. Ele sorriu de um jeito divertido, acariciando seu rosto.

Bianca: Você e essa sua mania. - ele riu, fazendo-a sorrir.
Harry: Eu senti falta disso, sabia?
Bianca: E você acha que eu não?! - respondeu ainda sorrido. - É, acho que estou presa a você Harry Styles, não tem como fugir.
Harry: E eu não quero que você fuja. 
Bianca: Eu não vou. - ela respondeu, vendo-o a encarar com um certo brilho. 
Harry: Você escreveu aquela música pra mim? - ele perguntou se referindo a música que Bianca cantou no Jingle Bell Ball. Ela sorriu.
Bianca: Eu tinha que dizer o que eu sentia de alguma forma. - ele alargou o sorriso que já estava em seu rosto. Suspirou.
Harry: Bê, estamos num clima muito bom aqui, então acho que não tem problema se eu disser que eu quero... Recomeçar. - ele disse um tanto inseguro, mas ela sorriu.
Bianca: Eu concordo com você. - disse - Mas vamos com mais calma agora, pode ser? - ele assentiu e a largou, virando de costas pra ela, mas logo voltando a posição inicial com uma cara engraçada.
Harry: Ah, olá! Muito prazer, sou Harry Styles! - disse estendendo a mão para que Bianca apertasse. Ela juntou as sobrancelhas gargalhando.
Bianca: Harry, o que está fazendo? - perguntou, vendo-o sorrir lindamente.
Harry: Recomeçando.

E já era quase meia-noite. Ano novo era sempre um momento nostálgico que muitas vezes faz a gente chorar, lembrando de tudo o que aconteceu durante todo o ano. E com eles não estava sendo diferente. Eles estavam começando o ano da mesma forma que começaram: rindo, sorrindo, abraçando, batendo, amando e odiando uns aos outros. Fazia parte do mundinho deles. Sem demora, se dirigiram a varanda da casa, prontos para ver a queima de fogos bem de pertinho, com corações apertados de ansiedade e um sorriso corajoso nos lábios, o que demonstrava que estavam prontos para o ano que iria começar. 

five, four, three, two, one: HAPPY NEW YEAR!


Desconfortável, Leticia abriu os olhos alguns segundos depois de bater com a cabeça numa superfície dura, o que atrapalhou seu cochilo. Ela colocou a mão na cabeça imediatamente, xingando mentalmente. Depois de suspirar e decidir que iria abrir os olhos de uma vez, levou um susto ao perceber que estava num lugar completamente diferente de onde pensou estar. Um carro. No banco da frente um homem dirigia o carro, mas ao contrário do que pensou, não o conhecia. E então percebeu que estava num táxi.

Uma movimentação ao seu lado chamou sua atenção e quando se virou, se deparou com Bianca de um jeito completamente diferente. Cabelos cacheados, aparelho nos dentes e corpo de uma adolescente. Assustada, virou-se para a janela ao seu lado e, ao ver seu reflexo, percebeu que também estava diferente. Seu cabelo estava bastante comprido, também usava aparelho nos dentes e estava usando roupas que ela se lembrava usar na adolescência: jeans escuro, coturno braco e uma camiseta escrita "McFly".

Bianca: Leticia, você viu onde eu coloquei meu óculos? - perguntou fuçando sua bolsa, chamando a atenção da amiga. 
Leticia: Você ainda usa óculos? - perguntou meio confusa, fazendo Bianca juntar as sobrancelhas mais confusa ainda.
Bianca: Tenho miopia, lembra? - respondeu com um tom um tanto óbvio - Eu sei que você é louca para que eu use lente, mas não tenho dinheiro pra isso agora. Falamos disso depois, agora pode por favor me ajudar... Ah, achei! - disse colocando os óculos no rosto, com um sorriso satisfeito.
Leticia: Pode me dizer onde nós estamos? - ela perguntou encarando a amiga, que riu da pergunta.
Bianca: Como pode se esquecer que o nosso maior sonho está se realizando? Estamos em Londres, Leca. Inglaterra!

E foi assim que a ficha de Leticia caiu. Não sabia bem se foi uma viagem no tempo ou se tudo o que "viveu" foi apenas um sonho, mas sabia que o que ela estava sentindo naquele momento era algo muito bom. Havia voltado ao dia em que chegara em Londres ao lado de Bianca, completamente encantadas e deslumbradas com aquele lugar. Estava vivendo novamente o maior sonho de sua vida: morar na Inglaterra.

Leticia: Bê, sabe de uma coisa? - questionou com os olhos presos nas luzes da cidade do lado de fora do carro. 
Bianca: O que?
Leticia: Tenho boas impressões sobre este lugar.

Naquele instante, as duas sentiram um certo frio na barriga, como se o que Leticia acabara de dizer fosse mesmo verdade. E ela sabia que era.

"Não se preocupe. O tempo vai passar, as coisas vão mudar. Sempre haverá um recomeço. E lembre-se: o que for pra ser, vai ser e mesmo que o tempo passe, nada ou ninguém irá mudar o destino que foi escrito pra você."

18/01/2015

Chasing Dreams - Segunda Temporada - Capítulo Dezenove

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United Kingdom - LONDON

Leticia Dassi

NO DIA ANTERIOR...

Acho que eu nunca me senti tão aflita em toda a minha vida. Quer dizer, não como eu estava me sentindo neste momento. Eu me olhava no espelho de cinco em cinco segundos, conferindo se cabelo, maquiagem e roupa estavam no lugar certo. Apesar de tudo, eu estava me sentindo muito confortável com o que eu estava vestindo e ao contrário de meses atrás, não estava pensando num jeito de me livrar do jantar quando chegasse em casa. Eu estava até ansiosa.

16/01/2015

Chasing Dreams - Segunda Temporada - Capítulo Dezoito


United Kingdom - LONDON

Bianca Didone

MESES DEPOIS...

Leticia saiu do provador me encarando curiosa, enquanto eu analisava o que ela estava vestindo. Era por isso que ela havia me chamado para ir até aquela loja. Assim que viu meu sorriso, ela juntou as sobrancelhas e parou de frente para o espelho, mordendo os lábios ao ver seu reflexo. Eu sabia que ela ainda não estava tão confortável consigo mesma e por isso, eu parei atrás dela de frente para o espelho, abrindo um sorriso que também a fez sorrir.

Eu: Ele vai adorar essa roupa, Leca. - ela me encarou pelo espelho, insegura. 
Leticia: Será mesmo? Eu não sei...
Eu: Não deveria se preocupar tanto com o que vai vestir, afinal, no fim da noite, você vai acabar sem roupa mesmo. - eu comentei gargalhando, vendo-a arregalar os olhos e se virar pra mim, dando risada mas ao mesmo tempo, fingindo indignação.
Leticia: Cala a boca, Bianca! - ela exclamou entrando no provador mais uma vez com mais uma peça de roupa em mãos.
Eu: Estou apenas falando o que é óbvio. - falei, ouvindo-a rir lá dentro.

Ela estava tão nervosa assim pois seria a primeira vez que ela iria sair depois que começou o tratamento. O tempo dela havia sido tomado apenas para a sua recuperação e saúde e eu estava orgulhosa de ver que estava realmente dando muito certo. Ela já havia ganhado alguns quilos e ao contrário de meses atrás, não estava se sentindo mal por isso. Com certeza uma boa parcela dessa recuperação se deve a uma pessoa chamada Zayn Malik. Ele a apoiava como ninguém e fazia questão de ligar para tia Cecília para contar as novidades. A propósito, era com ele que ela iria sair, por isso tanta preocupação. 

Minutos depois, ela saiu do provador, agora com um sorriso confiante no rosto. Com certeza, aquela roupa era a melhor de todas que ela já vestiu nesta loja e ela seria obrigada a levar. Ela estava mesmo muito bonita. Eu me levantei batendo palmas exageradamente, enquanto ela ria da minha atitude.

Leticia: Pelo jeito você gostou mesmo desta roupa. - ela disse ainda rindo.
Eu: Finalmente, encontramos alguma coisa que preste nesta loja! - exclamei alto, vendo uma das vendedoras me olharem com uma expressão estranha. 
Leticia: Opa, parece que alguém não gostou muito desse comentário. - disse e eu ri, enquanto ela voltava para o provador.
Eu: Ah, desculpa, não sei mentir. - respondi - Nesta loja não há muitas opções.
Leticia: Sorte eu ter encontrado esse conjunto antes de outra pessoa. - respondeu e eu assenti, mesmo que ela não pudesse ver.

Depois de pagar o que Leticia resolveu levar, entramos no meu carro e entramos no meio de vários outros afim de chegar ao nosso condomínio, onde eu a deixaria e seguiria até a gravadora. Eu estava bem cansada, mas eu precisava ir pra lá, já que o lançamento do meu CD seria no mês seguinte e eu precisava divulgá-lo. Era um trabalho realmente bem pesado, mas eu sabia que valeria a pena cada segundo. 

Meu celular começou a tocar dentro da minha bolsa e sem demora, Leticia o pegou, já que eu estava dirigindo e não poderia me distrair. Ela colocou no viva-voz e então eu pude ouvir algumas vozes bastante agitadas do outro lado da linha, o que me fez juntar as sobrancelhas, estranhando. 

Leticia: Quem é? - questionou, enquanto eu não tirava os olhos da estrada.
— Leticia? - era o Liam - O que você está fazendo com o celular da Bê?
Leticia: Nós estamos voltando das compras. - respondeu e pude ouvi-lo bufar do outro lado. A quem ele quer enganar? Ele adora comprar!
— Liam, fala logo pra ela, ANDA LOGO! - ouvi uma voz de fundo, que me confundiu ainda mais. Talvez fosse o Niall.
— Ah, é! Bê, liga o rádio na Kiss FM! - disse com a voz esbanjando animação. Eu franzi o cenho. 
Eu: Ué, porque? 
— Para de perguntar e liga logo essa porcaria!

Ainda estranhando aquela conversa, eu liguei o rádio e rapidamente coloquei na estação que Liam pediu, tentando descobrir o que ele queria afinal com toda aquela coisa. Quando eu ouvi a música que estava passando, meu coração quase pulou de emoção e eu pude ver Leticia surtar completamente.

Hey, I just met you and this is crazy
So here's my number, so call me maybe

Leticia: PORRA LIAM! - gritou - A MÚSICA DA BÊ ESTÁ NA RÁDIO! 
— EU SEI! - ele exclamou, enquanto Leticia cantava e berrava ao mesmo tempo ao meu lado - Cara, isso é tão incrível!
Eu: Meu Deus, eu não sei nem o que pensar! - respondi quase chorando, tentando focar no trânsito. - Liam Payne, se eu bater esse carro eu mato você! - exclamei ouvindo-o gargalhar do outro lado.
— Eu também estava no trânsito quando descobri que What Makes You Beautiful estava tocando na rádio mais famosa da Inglaterra! - disse, me fazendo sorrir - Bê, estou muito feliz por você, muito mesmo!
Eu: Eu também estou! - falei ouvindo uma risada novamente. 
— O Niall não para de dançar um segundo, parece uma tiete! - disse e eu gargalhei imaginando a cena. - Bom, agora eu tenho uma entrevista pra dar, depois no falamos mais, okay? PARABÉNS BÊ! 
Eu: Obrigada, Liam! - respondi animada demais, me despedindo finalmente dele e me juntando a Leticia e sua loucura.

Eu ainda não tinha palavras para descrever aquele sentimento, era uma loucura total, era completamente surreal! Aquilo me deixou sem ação, a única coisa que eu sabia fazer era gritar, cantar e dançar do jeito que dava no banco daquele carro. Acho que neste momento não existia pessoa mais feliz na face a terra do que eu. Eu não consegui acreditar que isso estava acontecendo de verdade, depois de tantos anos imaginando. 

Depois de tanto surtar dentro do carro, eu deixei Leticia em casa e segui para a sede da Island, depois de receber uma mensagem de que Scooter estava chegando de Los Angeles e iria direto pra lá. Ele provavelmente já sabia. Ainda sem conseguir pensar em muita coisa, eu estacionei e me encontrei com ele, com um sorriso enorme no rosto e os braços abertos para um abraço. Aquele abraço parecia ser o de um pai orgulhoso e naquele momento eu me permiti sentir assim. Ele tinha feito muita coisa por mim e o carinho que ele tinha e demonstrava era confortador.  

Dali, seguimos para o andar de cima, onde ele disse que resolveríamos algumas coisas em relação ao álbum e sobre a minha agenda daqui pra frente. Acabamos passando toda a tarde ali, negociando e vendo o que era melhor a ser feito naquele momento, já que meu álbum estava prestes a ser lançado. De repente, todo aquela cansaço havia sumido. Talvez porque eu estou fazendo algo que eu realmente amo e isso não cansa.

MAIS TARDE...

No meio da reunião, eu ouvi meu celular apitar na minha bolsa e ao pegar para dar uma olhada, eu vi que era uma mensagem de Harry pra mim, mas eu simplesmente ignorei, já que eu estava num momento muito importante e eu poderia falar com ele depois. Mas o que eu não sabia era o que aquela mensagem significava.

A casa estava toda iluminada por velas e no chão, eu podia enxergar algumas tulipas espalhadas. Na mesa de jantar eu podia ver uma travessa de lasanha que cheirava muito bem, dois pratos, duas taças de vinho e um castiçal com algumas velas, deixando tudo mais romântico. Na sala, um Harry de smoking sentado no sofá e uma Bianca parada na porta. 

Harry: Você não viu a mensagem que eu te mandei? - ele perguntou sem me encarar. Sua voz soava grossa e seca.
Eu: Desculpa, eu estava no meio de uma reunião com o Scooter e...
Harry: Você sabe que dia é hoje? - ele perguntou, agora me encarando. Eu não respondi, vendo-o rir ironicamente, com certa mágoa. - Estamos há um ano juntos, Bianca. Hoje faz um ano! 
Eu: Meu amor, me desculpe, eu me esqueci completamente! - falei caminhando até ele, mas ele desviou seu rosto de minhas mãos.
Harry: Não, Bianca, me desculpe. - disse caminhando pela sala, passando as mãos pelos cabelos, aparentemente nervoso. 
Eu: Harry, essas coisas acontecem! Ando tão ocupada que acabei esquecendo das coisas, você sabe como é! - respondi tentando contornar a situação, mas ele não parecia estar muito a fim. Ele me encarou com tristeza em seus olhos. Eu mordi os lábios, envergonhada.
Harry: Eu sei como é? - ele riu novamente, sem um pingo de humor - Me diz quantas vezes eu deixei você esperando por causa do meu trabalho. Eu dou duro todos os dias, eu sei sim que é difícil, mas nem por isso eu deixei você pra trás. Eu sempre, sempre dei um jeito de falar com você, de estar com você.
Eu: Harry, por favor, fica calmo! - eu disse, um tanto magoada - Está sendo difícil pra mim toda essa mudança, eu estou trabalhando muito. Mas nós podemos aproveitar nosso aniversário agora, certo? - ele negou com a cabeça.
Harry: Não é só isso, e você sabe. - ele disse - Você sabe que não é a mesma coisa de antes, eu estou tentando, mas parece que só piora a cada dia! Eu estou cheio, Bianca, eu simplesmente não consigo mais aguentar esse peso.
Eu: Você quer um tempo? - perguntei apreensiva, sentindo as lágrimas se formarem nos meus olhos. Ele não me olhou.
Harry: Eu quero terminar.

Naquele momento, as lágrimas caíram sem aviso e o meu coração começou a bater desesperadamente. Minha boca tremia, assim como minhas mãos. E naquele momento, toda a culpa que eu tentava desviar caiu bem em cima da minha cabeça, me acusando do que estava acontecendo. Eu sabia que era tudo culpa minha.

Eu: Você quer terminar? - perguntei ainda chorando. - Harry...
Harry: Eu dei mais uma chance para nós, mas você não parece querer mudar, parece não querer que nosso relacionamento dê certo. 
Eu: A gente já conversou sobre isso Harry, porque você simplesmente não esquece disso? - ele me encarou incrédulo.
Harry: Olha só o que você está dizendo! - ele parecia realmente irritado - Que merda, Bianca, será que você não entende?!
Eu: Harry, eu já pedi desculpas! - eu exclamei desesperada.
Harry: Acontece que pedir desculpas não vai mudar as coisas, Bianca. Eu preciso mais do que isso. - disse e suspirou - Eu vou embora. - dito isso, ele caminhou até a porta, mas eu consegui o impedir de passar. Ele me encarou.
Eu: Harry, por favor, vamos conversar. Nós podemos ajeitar isso. 
Harry: Nós já tentamos, lembra? - ele soltou seu braço gentilmente da minha mão e abriu a porta. Eu fiquei parada como uma estátua.
Eu: E o que você quer que eu faça? 
Harry: Você, mais do que ninguém, sabe o que me faria ficar aqui. - respondeu, fazendo meu coração acelerar ainda mais. Ele me encarava sem pudor algum.
Eu: Harry... - abri e fechei minha boca várias vezes, mas nada saía dela, o que fez Harry tirar seus olhos de mim e finalmente sair.

Quando a porta se fechou diante dos meus olhos, as lágrimas que já escorriam pelo meu rosto começaram a cair com mais intensidade, fazendo meu coração dar aquele aperto e minha cabeça pulsar. Saber que tudo aquilo era culpa minha era como uma facada no meio do peito. E saber que nós poderíamos ter aproveitado cada segundo desta noite me fez ficar ainda pior.

Eu sabia que ele me amava, ele demonstrava isso o tempo todo. Com gestos, com palavras, com sorrisos ou olhares, mas eu simplesmente não conseguia fazer o mesmo, por mais que eu quisesse. Era como se uma força maior do que eu me impedisse de fazê-lo e eu sabia bem do que se tratava. Um coração machucado muitas vezes cria um mecanismo desse tipo, uma forma de defesa contra mais uma desilusão. Mas o problema é que quando era preciso, ele não funcionava como deveria. E isso foi pior do que qualquer desilusão amorosa que eu tive.

A campainha do apartamento tocou e meu coração pulou no mesmo instante, com um fio de esperança de que fosse o Harry. Mas quando eu abri a porta, me deparei com um Louis tão apressado que entrou no apartamento sem ao menos perceber o que estava acontecendo, mas parece que a minha fungada inesperada acabou chamando sua atenção. 

Ele olhou em volta e percebeu que havia algo errado. Me encarou e viu o meu estado, vindo me abraçar rapidamente. Eu não conseguia segurar as lágrimas, ainda mais ao ouvir Louis tentando me confortar. Nos sentamos no sofá e a seu pedido, eu deitei minha cabeça no seu colo, tentando contar o acontecido sem parar um segundo pra chorar ou secar as lágrimas que ensopavam a almofada que eu estava deitada. 

Louis: Eu sinto muito por isso, Bê. - dizia enquanto seus dedos brincavam com os fios negros do meu cabelo, enquanto eu tentava segurar um soluço.
Eu: Está tudo bem, Louis. - eu disse tentando não deixá-lo tão preocupado.
Louis: Não tenta fingir só pra me deixar menos preocupado, não vai funcionar. Olha só o seu estado! 
Eu: Chorar como uma louca é o mínimo que eu posso fazer, afinal, tudo isso é culpa minha! - exclamei me sentando sentindo as lágrimas voltarem.
Louis: Ei, ei. - disse me puxando pra mais perto dele, enquanto eu chorava ainda mais que antes. - Por favor Bê, não se culpe assim.

Enquanto ele fazia carinho na minha cabeça e contava histórias engraçadas pra me distrair, eu deixava que meus olhos de fechassem de vez em quando, em resposta ao carinho que eu estava recebendo. Pra mim, dormir depois de chorar bastante era algo que acontecia com frequência, ainda mais quando eu tinha alguém fazendo carinho em mim. Mas eu queria mesmo dormir porque queria acordar e perceber que isso tudo não passava de um sonho. 

Eu: Lou?
Louis: Sim? - perguntou com seu braço me apertando contra seu corpo, numa forma de proteção para que eu me sentisse melhor.
Eu: Dorme aqui hoje? - ele se levantou do sofá, me puxando junto.
Louis: Vem, lá em cima vou te contar a história do dia em que eu acabei com o aniversário de seis anos da Lottie.

Aquilo era um sim.

NO DIA SEGUINTE...

Sempre que eu acordava, a primeira coisa que eu fazia era esfregar o rosto, mas quando eu fiz isso assim que abri os olhos, senti algo grudado na minha testa. Juntei as sobrancelhas e peguei um papel amarelo daqueles de blocos de anotações com uma mensagem escrita. 

"Tive que sair para uma entrevista, mas eu volto logo pra fazer companhia pra você. Espero que esteja se sentindo melhor. Do inglês mais lindo do mundo, Louis Tomlinson"

Pelo o que estava escrito naquele papel, a noite passada não havia sido apenas um sonho. Suspirei sem muita coragem, me levantando e colando o papel em cima do criado-mudo perto de um livro meu. Depois de usar o banheiro, eu desci as escadas vendo que tudo na sala estava exatamente do mesmo jeito, o que me fez prender o choro várias vezes.

Eu não queria passar por aquilo novamente, então resolvi tirar tudo aquilo dali e jogar fora. Com um saco preto grande na mão, fui recolhendo cada uma das coisas que estavam espalhadas pelo chão. Peguei uma das tulipas e a encarei, lembrando da primeira vez em que Harry e eu saímos juntos e do desastre que tinha sido. Suspirei mais uma vez e a coloquei em cima da mesa do telefone.

E ali eu percebi que havia uma mensagem de voz arquivada na secretária eletrônica. Apertei o botão para ouvir e continuei pegando todas aquelas tulipas e pétalas de rosas e jogando dentro do saco. 

— OLÁ! - Leticia e eu falamos juntas. - Nós não estamos em casa, então pode deixar a sua mensagem que iremos responder o mais rápido possível. - ela disse com a voz animada.
— Se a mensagem for para mim...
— Cê tem que falar o seu nome, né jumenta, como vão saber que é você? - ouvi a voz de Leticia, o que me fez rir.
— Se a mensagem for para a Bianca, fale "Para Bê"...
— Mas se a mensagem for para Leticia, diga "Para Leca"...
— Depois do "pi"...
— "PIIIII"! - e caímos na gargalhada, finalizando.

— Ahm... Para Bê?! - a voz indecisa de Suzi me fez rir, esperando pelo resto da mensagem. - Bom, Bê, eu liguei para te dar um aviso muito importante. Eu liguei pra você ontem a noite mas você não estava me atendendo, então eu resolvi ligar no fixo mesmo. Primeiro, se senta e respira bem fundo. - ela riu e estranhando, eu a obedeci - Você foi convidada para se apresentar no... Jingle Bell Ball, EBAAA! 

No mesmo instante, eu parei tudo o que eu estava fazendo. Simplesmente não acreditava no que eu havia acabado de ouvir. Então quer dizer que eu iria me apresentar no Jingle Bell Ball? Isso era a melhor coisa que eu poderia ouvir hoje. 

— Calma, calma, ainda não acabou! - ela disse e eu encarei o telefone como se estivesse a encarando - O seu single, Call Me Maybe, atingiu o primeiro lugar em mais de trinta países e... - fez um som como de tambores - Ficou em primeiro lugar durante duas semanas consecutivas no iTunes !

No segundo seguinte, eu comecei a pular como uma louca no meio da sala. Não dava pra acreditar que isso estava acontecendo comigo, era completamente coisa de outro mundo. De vez em quando ainda tenho que me beliscar pra ver se isso tudo não é apenas um sonho ou algo do tipo. Era incrível.

— Bom, era só isso que eu tinha pra falar. Me liga quando puder, okay?

Eu sabia que isso era uma grande oportunidade e responsabilidade, mas receber a notícia que você vai se apresentar pra mais de 200 mil pessoas era algo que te fazia parar pra pensar um pouco. Minha vida estava começando a mudar por completo agora e acontecer exatamente do jeito que eu pensei que seria. Eu só queria estar completamente feliz com o que aconteceu, mas olhar para a situação daquela sala me fazia voltar para a realidade.

Como num estalo, eu subi as escadas o mais rápido que pude, descendo com meu computador em mãos e uma ideia na cabeça. Lembrei de meses atrás, quando escrevi algo completamente involuntário, mas que agora iria me ajudar a superar a situação. Eu só espero que tudo isso funcione como eu espero que funcione. 

SURPRISE!
Um momento horrível misturado com um momento maravilhoso na vida da nossa pequena Bianca. Acho que muita gente já sabia que esse rolo deles não iria durar muito, certo? Bom, resta esperar para saber se é algo definitivo ou não. Mas eu espero que tenham gostado desse capítulo, porque ele deu um certo trabalhinho. COMENTEM! Fiquem com Deus xoxo